Perguntaram-me o que eu gostaria de ganhar nesse fim de ano, eu não precisei pensar muito.
O meu presente não está em prateleiras, nem em lindas caixas com fitas douradas. Ele está dentro de mim, num certo desejo e desespero da minha família.
O que eu mais quero ganhar é ser acordada pelo meu pai puxando meu pé, coçando minha cabeça, dizendo: Acorda saluzinha, não vai se atrasar! E quando eu levantar o nosso café está lá feito por ele, aquele sanduíche que só ele sabe fazer.
Sair de casa menos preocupada se vai acontecer algum problema irreversível, se ele vai tomar a medicação correta, se não vai tomar muito café, se vai dormir direitinho. Que não vai ficar deprimido por não poder mais trabalhar...
Que quando eu voltar da universidade ele estivesse lá na parada me esperando como sempre foi e como ele me prometeu que seria quando eu passei no vestibular.
Que me levasse ao teatro, festas e afins, naquele carro que todo mundo dizia que caia aos pedaços, mas que era a minha limusine e eu não tinha nenhuma vergonha.
Que dor eu senti ao ver sua vida por um fio, que desespero deu segurá-lo em meus braços achando que ali era o fim... Dói demais ver quem você ama sofrendo, você sente-se inútil...
Eu entendo suas queixas, o mau humor, a rebeldia, não é fácil para mim, imagino para você.
Não consigo falar dele sem ficar emocionada, ele é meu exemplo de determinação, de vontade, de trabalho.
Pai você é o meu presente!
Da sua filha e agora sua mãe. Eu te amo demais!
Taí um texto que sempre me deixa com a voz embargada e que exerceu forte influência pra eu diminuir um muito meu consumo de café.
ResponderExcluirSobre ficar com a voz embargada: Esse é um dos texto sobre 'Pai' que me deixa assim. Não moro com os meus pais desde 1995 quando vim pra Teresina. Meus maiores contatos sempre foram com a minha mãe que não "arreda" o pé de Teresina. Diferente do meu pai que teima em aparecer pouco na capital.
Esse é um dos textos sobre "Pai" que me deixam com saudades. Saiba, a partir desse texto (que eu li primeira vez quando cê postou) é que eu passei a investir mais tempo em falar com o meu pai. Ligar mais vezes, ir mais à Nazária, insistir que ele venha mais à Teresina e ais uma porrada de coisas, mas eu tô com a voz embargada outra vez e acho melhor parar.
(Emboramente nunca tenha lhe dito nada sobre, sempre torço pra dedéu pela saúde do seu pai. Quanto ao café, tive que diminuir por mim, por ordens médicas e como apoio "invisível" a seu pai.)
Essa é a hora em que a voz já fica muito embargada. Vou parar!
Beijo grande!
Você é um fofo, Gildean!!!
ResponderExcluirObrigada por suas palavras... e parabéns por diminuir no café, acho ultrajovem!!!rsrs
E fique o maior tempo que puder com seu papai, eu que passei toda vida sempre presente com ele, na rotina do dia à dia senti que eu ainda era ausente com ele...mas cada um tem sua forma de amar.
E venha sempre me ler!!!
bjinhos =))